A partir de pesquisas, recuperações históricas baseadas no trabalho de documentaristas e estudiosos da conformação urbana da então capital do Brasil, Rio de Janeiro, a URBANACON propôs o projeto de restauro do Chafariz da Glória.

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Construído pelo terceiro vice-rei e segundo marquês de Lavradio, Luís de Almeida Portugal Soares Alarcão Eça e Melo Silva e Mascarenhas, em 1772, o inicialmente conhecido como Chafariz do Caminho da Glória, hoje Chafariz da Glória, fornecia água doce proveniente do Rio Carioca aos navegantes que ali chegavam. Entretanto, com a urbanização crescente do centro do Rio de Janeiro, aterros, muralhas de proteção e arruamentos começaram a ser feitos e o chafariz passa a fazer parte do plano de abastecimento de água da cidade. Concomitante a esse processo, a ocupação da orla se torna densa, modificando o entorno do chafariz.

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No inicio do século XX, o prefeito Pereira Passos restaura e modifica o chafariz, aumentando a altura de seu muro a fim de esconder a estrutura do aqueduto, atitude que acaba por esconder seu frontão maneirista.

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Pereira Passos também promove inúmeras mudanças urbanas, como o desmonte do morro do Senado e a utilização do material para aterrar a Avenida Central e a Avenida Beira-mar, contemplando o bairro da Glória. Porém, em 1940, o chafariz passa novamente por restauro e a intervenção remove a modificação feita pelo antigo prefeito.

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Dezoito anos depois, com a implantação do aterro do Flamengo, são realizados os projetos do parque e também do aeroporto Santos Dumont, modificando novamente a paisagem em frente ao chafariz, que até os dias atuais passa por processos constantes de reparo, limpeza e remoção de pichações e cartazes, a fim de preservar a representação do antigo método de distribuição de água e a cidade de outros tempos.

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Para o restauro foram utilizados métodos de limpeza dos ornamentos de cantaria e alvenarias, bem como a remoção de fungos e vegetação invasiva, além de testes de percussão nos revestimentos para identificar possíveis áreas degradadas e prever sua reconstituição. Identificaram-se também possíveis fissuras e danos estruturais, a fim de garantir a integridade do chafariz e preparar a superfície para receber a nova pintura.

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No projeto, além de restaurar a integridade do chafariz e de seus materiais, foi também recuperada sua principal função: a de fornecer água – apesar de não ser mais proveniente do Rio Carioca. Foi feito um sistema hidráulico especial e exclusivo para a fonte, fornecendo água a partir do sistema de distribuição existente em que a água se recicla constantemente.

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