Localizado na região central de Cabo Frio, Rio de Janeiro, o Convento Nossa Senhora dos Anjos é um exemplar tradicional da arquitetura franciscana, amplamente difundida durante a colonização. Em 2017, a URBANACON realizou o levantamento de danos e o relatório de restauro da edificação.

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Apesar de ter sido objeto de petição pública ao governador da época, e de grande vontade da população desde 1617, o convento foi inaugurado pela Ordem Franciscana somente em 1696. Como é usual na trajetória de edificações semelhantes, passou por momentos de abandono e reconstrução durante seus quatro séculos de história.

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No século XIX, foram feitas obras de ampliação e estruturação do convento. A primeira foi a construção das catacumbas para sepultamento dos frades, em 1841, seguida pelas obras de melhoramento da sacristia e ampliação da capela, em 1859, finalizada três anos mais tarde.

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Porém, a falta de manutenção e a morte do último frade responsável pela direção da instituição, em 1872, levaram à deterioração do convento. Com intuito de proteger e preservar a igreja criou-se a Irmandade de Nossa Senhora dos Anjos. Essa medida não foi suficiente para evitar que o convento fosse invadido e saqueado algumas vezes, e apesar de ter sido tombado em 1957, protagonizou até um episódio de explosão por ser usado como depósito de explosivos utilizados na construção da Ponte Feliciano Sodré, ficando em ruínas até meados de 1960.

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Após análise do IPHAN e uma aliança entre o governo federal e o Arcebispado de Niterói, o convento passou por reconstrução e restauro, sendo reinaugurado como Museu de Arte Religiosa Tradicional em 1982.

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Hoje, o Museu abriga o acervo de inúmeras imagens religiosas em terracota e madeira policromada dos séculos XVII e XVIII, sendo palco também de inúmeras exposições efêmeras como Brasil de Portinari, em 2012, e concertos musicais nacionais e internacionais, por meio do projeto Musica no Convento.

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Para aperfeiçoamento de suas dependências, a URBANACON realizou o levantamento de danos no convento para identificar avarias e propor suas resoluções. Somados esses dados à análise histórica feita, ficou constatada a necessidade da demolição de alguns elementos construídos posteriormente, a restauração do telhado e forro, refeitura de revestimentos e pisos, além da recuperação e adequação das instalações elétricas e a pintura completa da edificação.